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sábado, 13 de abril de 2024

Sunomono com Cenoura

ADORO esta salada japonesa agridoce de pepino e cenoura! Usualmente é servida como entrada em restaurantes japoneses e é daqueles pratos de comer e chorar por mais, sem parar até ver o fundo à taça e lamber os pauzinhos no final!

Pedi o nome e a receita desta saladinha no restaurante de sushi onde costumo ir, mas nunca partilharam comigo, por isso, determinada a encontrar o que queria, fiz as minhas pesquisas e achei!

Chama-se sunomono, ou mais completo, kyuri no sunomono e é uma variedade de namasu preparada com pepino e esta, em particular, com cenoura para contraste de texturas. Namasu é um prato japonês feito com vegetais crús, finamente fatiados e marinados em vinagre (su em japonês). Sunomono é a palavra japonesa que se refere a todos os pratos marinados ou com base ácida de vinagre.
A palavra namasu deriva da combinação das palavras nama (cru) e su (marinado em vinagre). Namasu consiste em fatias bem finas de vegetais ou marisco marinados em vinagre de arroz, quase como se fossem pickles. No entanto, apesar de similares, sunomono e namasu são pratos bastante diferentes. Os ingredientes de ambos são os mesmos, mas a principal diferença reside no tempo que cada um deles marina no vinagre de arroz.
No sunomono o vinagre atua como um molho enquanto no namasu os ingredientes ficam a marinar durante horas. Por isso, um prato chamar-se sunomono ou namasu depende exclusivamente do tempo em que os ingredientes ficam a marinar no meio ácido do vinagre de arroz.

Nomenclaturas e diferenças clarificadas, confesso que esta é a altura do ano em que me dá mais prazer comer esta salada porque os dias começam a ficar mais quentes e a pedir comidas mais frescas, leves, cheias de sabor e, preferencialmente, para mim, que adoro, ricas em texturas contrastantes.

Aproveite a sugestão deste sunomono rico em fibras, antioxidantes, cálcio, potássio, vitaminas A e K e (beta)carotenos, super fácil e rápido de preparar e, quando fizer aí em casa, partilhe comigo o que achou desta saladinha japonesa!




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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Sopa ao Estilo Ramen

Eu sei que ainda está calor para um prato destes, mas as noites já começam a refrescar e... Apetece-me! Para além de que fiz Entrecosto Assado no forno (veja uma receita aqui) que sobrou e nesta casa não se desperdiça nada. Por isso, sai uma Sopa ao estilo Ramen de lamber os dedos!

Ramen não é mais do que uma sopa japonesa de noodles de trigo, cujo caldo pode ser de carne, peixe ou vegetais, os seus ingredientes principais (para além da massa) variam consoante o gosto e é tradicionalmente comida com pauzinhos (alerto que é preciso perícia e, preferencialmente, um babete para não sair da refeição com a roupa medalhada). Diz-se que surgiu no Japão no século 19, levada pelo Chineses, que confeccionavam os seus noodles num caldo rico em sal, ossos de porco e servido depois com legumes e fatias de carne de porco assada. Os japoneses gostaram tanto desta sopa de ossos que a adoptaram como sua, dando-lhe o nome de Ramen, e começaram a abrir restaurantes especializados neste caldo na cidade de Tóquio. Com a 2ª Guerra Mundial e a ocupação militar do Japão pelos EUA (entre 1945 e 1952), o Ramen começou a espalhar-se pelo mundo ocidental.

No entanto, e apesar do Ramen estar tão na moda actualmente mesmo no nosso país, Portugal tem no seu receituário tradicional há já muitas décadas as conhecidas Sopas ou Caldos de Ossos. Uma das maiores diferenças entre o Ramen japonês e as nossas Sopas de Ossos é que o Ramen leva noodles de trigo e as nossas sopas ou caldos uma enorme variedade de vegetais sem adição de massas.

Quer opte por cozinhar uma Sopa de Ossos à Portuguesa ou por um Ramen japonês, saiba que ambas têm benefícios para a saúde, por exemplo, por reforçarem a quantidade de colagénio no organismo, melhorando a qualidade da pele, unhas e cabelo; e de cálcio, fósforo e magnésio, potenciando a saúde dos ossos e dos dentes.

Entretanto, enquanto não se dedicar a cozinhar de raiz e a preceito quer o Ramen, quer o nosso Caldo de Ossos, aproveite esta sugestão e tenha uma refeição rica em sabor e nutrientes pronta a comer em apenas 30 minutos. Experimente e depois partilhe comigo o que achou deste prato de conforto absolutamente delicioso!




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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Soufflé de Bacalhau e Camarão...

...com Saladinha de Favas, Limão e Manjericão


Não sei como é convosco, mas na minha família a Consoada tem sempre Bacalhau à mesa. E na minha (muito tradicional) família, o bacalhau da consoada é sempre cozido com batatas e couve portuguesa. Afinal, como diz a querida Mãe, "no Natal mantêm-se as tradições". 
Ora, na cabeça desta cozinheira fraca adepta de bacalhau cozido, quando o Natal começou a celebrar-se na nossa casa, institui uma nova tradição. Na nossa Consoada haverá sempre fiel amigo, mas sempre feito de maneiras diferentes! E este ano (decerto a contragosto do meu tradicional Pai) na Consoada cá de casa haverá Soufflé de Bacalhau e Camarão!

O Soufflé é uma receita de origem francesa (cujos primeiros registos culinários remontam ao séc. XIX) e significa tão simplesmente "soprado". É a "injecção" de ar (obtida através da incorporação delicada de claras batidas em castelo) no creme béchamel que lhe dá a característica única de uma "espuma" arejada.
Os soufflés podem ser doces ou salgados, e são, sem dúvida, delicados! Delicados na textura, no sabor e também nas técnicas de preparação (vejam as dicas na receita). Mas não deixem que isto vos assuste! É que o segredo, afinal, como em tudo na vida, está na prática!

O soufflé que hoje vos trago foi testado (e aprovado pelo J.) e vai fazer um brilharete na Consoada deste ano cá de casa! 
Casei o Bacalhau com o Camarão, enriqueci o béchamel com o caldo de cozedura do marisco e do peixe, adicionei-lhe a frescura da Salsa picada e depois de sair do forno, servi-o com uma deliciosa e inesperada Saladinha de Favas, Limão e Manjericão (inspirada pelo chef Hugo Campos). E a combinação de sabores destas duas sugestões é simplesmente maravilhosa! O soufflé incrivelmente cremoso e arejado, de sabor intenso a mar, com muitas lascas suaves de bacalhau e miolo de camarão, servido assim que sai do forno, conjugado com as favas à temperatura ambiente, macias mas firmes, temperadas com os sabores cítricos e frescos do limão e do manjericão... Mmmmm, delícia!

Aceitem a nossa sugestão e inspirem-se para uma ementa de Consoada diferente, mas cheia de sabor! Sirvam o soufflé assim que sair do forno, porque afinal "os soufflés não esperam por ninguém", deliciem-se com a família, riam, conversem pela noite fora, criem memórias para a vida, sejam felizes e tenham um Santo Natal!







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sábado, 16 de abril de 2016

Grão de Bico Assado com Sabor a México

A sugestão de hoje tem sabor a destinos quentes e exóticos e promete deixar quem lhe sinta o aroma a salivar!
Viajamos no prato até ao México com estes sabores calientes e trazemo-vos um snack saudável, perfeito para substituir (em preço, sabor e nutrientes) os de compra prontos a comer, cheios de ingredientes pouco salutares, e que usualmente servimos a acompanhar uma bebida no final da tarde ou antes (ou depois) dos jantares de amigos ou família.

Sou uma enorme fã de Grão-de-Bico pelas suas características nutricionais, nunca o dispenso na cozinha e adoro usá-lo no meu querido Hummus Marroquino e em Saladinhas apetitosas. É, como o J. gosta de lhe chamar, um alimento BBB (bom, bonito e barato).
Esta leguminosa da família das fabáceas é rica em proteínas, sais minerais (dos quais destacamos cálcio, ferro e magnésio) e em vitaminas de complexo B. É ainda rica em ácido fólico (o que a torna um alimento perfeito para gestantes e futuras mamãs), fibra e amido (que dá energia ao organismo humano), é pobre em gorduras e isenta de colesterol, o que a torna presença indispensável numa dieta alimentar equilibrada. E no ano em que a ONU declarou as leguminosas como alimento fundamental para uma dieta saudável, para ajudar a erradicar a fome no mundo e ter um impacto mais positivo sobre o meio ambiente (pois as leguminosas possuem propriedades fixadoras de nitrogénio que podem contribuir para aumentar a fertilidade dos solos), esta nossa receita revela-se como uma sugestão vencedora em diversos aspectos.

Aproveite este nosso "cartão de embarque" e viaje até ao México com a combinação do Pimentão Vermelho, da Cebola, do Pimentão Doce, do Grão de Coentros, das Sementes de Sésamo, dos Cominhos, dos Orégãos, da Salsa, da Pimenta de Caiena e do Piripiri e prepare-se para uma experiência cheia de sabor e texturas estaladiças! 

5 ingredientes, 5 minutos de preparação e 45 minutos no forno. Tão simples quanto isto! Uma receita descomplicada e super saudável. Precisa de mais argumentos para a experimentar?





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sábado, 2 de abril de 2016

Lassi de Banana

Enquanto a Primavera insistir em dar-nos dias cinzentos, nós insistimos em trazer o Sol para a mesa!
Hoje trazemos sabores e aromas de destinos exóticos para o copo, a piscar o olho aos dias mais quentes que estão por aí a chegar. E olhem só para estas cores...

A proposta desta semana pertence à nossa etiqueta Cozinha do Mundo e vem da Índia, na forma de um Lassi, bebida original do Punjab que mistura na versão salgada Iogurte Natural, Água, Sal e Especiarias (como Cominhos, Pimenta, Cardamomo, Noz Moscada, etc.). Os Lassis são bebidas servidas para ajudar a refrescar nos dias mais quentes e, quer na versão salgada quer na doce, são aromáticos e ricos em sabores complexos.

Este nosso Lassi de Banana inclui-se na versão doce desta bebida, maioritariamente consumida no norte da Índia durante os meses de Verão, e é enriquecida com os sabores e os aromas da Água de Rosas, do Cardamomo e da Noz Moscada. Suave e cremoso, casa na perfeição o sabor adocicado da Banana com a subtileza do hidrolato de Rosa, o sabor levemente cítrico e floral do Cardamomo e o picante ligeiro da Noz Moscada. Simplesmente delicioso!

Esta é uma receita perfeita para aproveitar aquelas Bananas ultra maduras, cujas cascas ficam bastante escuras e que usualmente ficam esquecidas na fruteira, e para trazer uma série de nutrientes, vitaminas e sais minerais fundamentais ao seu organismo com as especiarias que escolhemos para este Lassi.
O Cardamomo, rico em vitaminas A, B e C, é também rico em fibra que potencia a digestão e os movimentos intestinais (combatendo de forma eficaz a obstipação), possui propriedades anti-bacterianas (que ajudam a combater gripes e constipações) e a manter um hálito fresco (sabia?).

A Noz Moscada é rica em potássio, cálcio, ferro, ácido fólico, entre outros, e é um forte aliado (quando associado a uma dieta alimentar equilibrada e prática regular de exercício físico) na perda de peso. Para além disso, é um fantástico potenciador da saúde cerebral pois contém miristicina, composto que protege o cérebro de doenças neurodegenerativas.

Rápida de preparar, saciante, de sabores surpreendentes e cheia de virtudes para a saúde, é assim esta deliciosa e exótica bebida. Experimente-a, acho que vai ficar fã!






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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ajo Blanco [ ou a Frugalidade de uma Sopa Fria Andaluz ]

A sugestão de hoje é um hino à frugalidade alimentar e, quem sabe, um desafio para repensar a forma como comemos actualmente.

Nunca antes como no século XX o mundo vira mudanças tão profundas no paradigma alimentar que alteraram por completo a nossa percepção dos alimentos e da alimentação.
Ao longo dos últimos 70 a 80 anos quer o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, industriais e tecnológicas quer a criação de vias de comunicação mais eficientes ajudaram a redefinir e moldar a alimentação contemporânea.

E num mundo em paz relativa, cujas economias globais estão alicerçadas no capitalismo, como é que isso afecta o que, como e quanto comemos?

O conceito de globalização moderno enraizou nos nossos hábitos de consumo alimentos de países distantes e que hoje não dispensamos nas nossas cozinhas, exemplo por excelência disso mesmo são as centenas de especiarias que nos ajudam a dar sabor aos alimentos e sem as quais seria difícil viver hoje (apesar do termo "globalização" ser relativamente recente, não teria o conceito nascido já nos séculos XV e XVI com os Descobrimentos, quando se começaram a introduzir alimentos desconhecidos de outros continentes na alimentação dos países colonizadores?).
O consumo de proteínas animais como a carne e o peixe banalizou-se, nos países mais ricos, ao ponto de os podermos consumir diariamente, vegetais, frutas e cereais passaram a ter um papel secundário nas dietas alimentares modernas - recordo o que a querida avó me contava sobre a alimentação da sua juventude, os cereais (usualmente na forma de pão), os legumes e a fruta eram a base alimentar diária, a carne era o luxo de datas santas e o peixe de mar uma delicatesse escassa nos pratos dos mais pobres do interior do país.
E porque o mundo vive uma paz relativa há várias décadas, tornou-se possível canalizar recursos alimentares em abundância para as mesas dos cidadãos comuns dos países onde a riqueza está mais concentrada. As porções individuais do que comemos aumentaram exponencialmente e até o tamanho dos pratos aumentou também (já tinha reparado nisso?). 

Mas numa altura de tamanha abundância alimentar, significará isso que o que comemos hoje é tão ou mais seguro para a saúde humana quanto o que se comia há pouco mais de meio século atrás? Penso que todos conhecemos a resposta a esta questão.

A receita que trago hoje obriga-nos a repensar todos estes aspectos da História da Alimentação, até porque esta Sopa Fria Andaluz tem a sua história intimamente ligada a um período de escassez alimentar espanhola.
Málaga e Granada disputam a origem desta receita, mas certo é que esta sopa humilde (cuja combinação de ingredientes remonta à antiguidade da conquista romana da Península Ibérica) se tornou prato nacional durante a Guerra Civil Espanhola e nos anos do pós guerra.

Este Ajo Blanco (uma alternativa ao famoso Gaspacho) combina ingredientes tão frugais como Pão, Água, Amêndoas, Alho, Azeite, Vinagre e Sal e posso garantir-vos que basta apenas uma chávena pequena desta sopa acompanhada por algumas frutas doces para encher a barriga e saciar a alma até à próxima refeição. De sabor intenso e textura densa, esta sopa fria leva-nos a uma época em que a saciedade do corpo não estava (nem podia estar) ligada à quantidade do que comíamos, mas antes à cozinha de economia, onde a combinação de ingredientes dependia do que havia e do que não se podia desperdiçar.

Aceite a nossa sugestão de hoje e experimente este incomparável sabor andaluz, dê um boost ao seu sistema imunitário com a ajuda do alho crú e viaje no tempo até uma altura em que a frugalidade na altura de comer não podia, como hoje, ser uma opção.




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terça-feira, 7 de julho de 2015

Piadina Romagnola...

...De Italia con Amore, Parte II



Detalhes de Dozza, Ravenna e Parma, Emilia-Romagna, Itália


Continuamos por Itália nesta cozinha, partilhamos mais umas fotos de viagem e trazemos mais uma receita tradicional que veio connosco na mala: Piadina Romagnola.
Para quem nunca ouviu falar desta delícia, a Piadina (também conhecida pelo diminutivo Piada) é considerada o símbolo nacional dos Romagnoli e faz parte da história gastronómica secular da região da Emilia-Romagna (há documentos históricos do séc. XIV que já mencionavam este pão). Acredita-se que a receita foi trazida pelos romanos do Médio Oriente (repare-se nas semelhanças com o pão Pita ou com o arménio Lavash ou ainda com o indiano Naan), era o alimento dos mais pobres e começou por ser um pão do tipo ázimo (sendo usado apenas farinha de trigo, sal e água na sua composição, sem adição de fermento e sem tempo de levedação). Com o passar do tempo, a receita evoluiu e tornou-se mais rica, tendo passado a adicionar-se outros ingredientes, como a banha, o azeite ou a manteiga.
Partilho ainda uma última curiosidade, o nome Piadina foi emprestado a este pão pelo recipiente medieval em terracota onde era cozinhado.

Há múltiplas variantes da receita destas Piadinas, sendo que umas incluem manteiga e banha, outras azeite e banha, mas a que partilho hoje leva apenas um destes ingredientes e foi-me confiada por um amigo de longa data, nuovamente, grazie mille Daniele!
Esta não é uma receita vegetariana, pois é usada gordura animal, mas é exactamente este ingrediente que dá à massa uma textura inigualável e posso assegurar-vos que as torna verdadeiramente deliciosas!

Estas Piadas são perfeitas para um almoço ou lanche ligeiro, para acompanhar uma sopa quente rica em vegetais da horta e seguindo as indicações que partilho na receita, podem durar até cerca de 3 meses, prontas a serem consumidas.

Experimente-as e partilhe comigo o que achou, vou gostar de saber!





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sábado, 4 de julho de 2015

Sim...

...a nossa próxima sugestão ainda vem de Italia (con Amore) e cheira divinalmente...

Prontos para mais umas coisas boas?



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domingo, 14 de junho de 2015

Pesto de Tomate Seco...

...De Italia con Amore, Parte I



Mercato di Mezzo, Bologna, Italia


Apaixonei-me por Itália há mais de uma década, quando lá estive pela primeira vez. Volto sempre que posso ou o acaso o proporcione, em lazer ou em trabalho, e os amigos já me ouvem dizer há anos que me mudaria para lá num piscar de olhos. É um país fascinante, pela sua história secular, pela arte, escultura e arquitectura, pelas pessoas, a cultura, o clima e, claro, a gastronomia!

Em Maio passado regressámos. De uma conversa entre pratos, de férias por gozar e pela necessidade de descansar, surgiu a ideia desta foodtrip para conhecer melhor a região da Emilia-Romagna. O J. desenhou o itinerário, fizemos as malas e fomos.

Esta região, que tem como capital a cidade de Bologna, é uma região agrícola de excelência onde são cultivados os cereais utilizados nas farinhas da maioria das massas italianas, produzidos vegetais, frutas, lacticínios e seus derivados, salumis e enchidos, vinagres balsâmicos, entre outros produtos alimentares consumidos em toda a Itália e exportados para o estrangeiro.
Se na cidade de Piacenza podemos provar Pancetta, em Parma deliciamo-nos com o queijo Parmigiano Reggiano e com os magníficos Culatello di Zibello e Prosciutto di Parma. Em Modena encontramos o autêntico Aceto Balsamico e na cidade de Bologna podemos levar para casa Tortellinis feitos todas as manhãs nas padarias do Mercato di Mezzo ou umas fatias de Salame Rosa (ou outros enchidos da região) das charcutarias do mesmo mercado. Em Ferrara babamos com o Salama da Sugo, em Ravenna com o queijo Pecorino Scoparolo e em Rimini com a Piadina, o Formaggio di Fossa ou ainda com os Azeites Extra-Virgens de produção biológica.

Estas férias escolhemos Bologna como casa e pudemos perder-nos várias vezes pelos cantos e recantos da cidade. Mas independentemente do destino, todos os caminhos nos levavam de volta ao Mercato, fosse para comprar pão, burro (manteiga), frutas e vegetais fresquíssimos ou simplesmente para petiscar no tentador Tamburini. A cidade, vibrante e inebriante, recebe-nos e acolhe-nos como se ali pertencêssemos desde sempre e nós, eternos apaixonados por Itália, deixamo-nos facilmente seduzir por este sentimento partilhado a dois de que estamos em casa. 

No regresso trouxemos muitas histórias, sugestões, fotografias e receitas que devagarinho começam a ser organizadas para aqui partilhar. No post de hoje mostro-vos um bocadinho do tentador Mercato di Mezzo com os seus ingredientes de luxo, fresquíssimos, coloridos e aromáticos, que inspiram qualquer foodie a cozinhar, experimentar e saborear e trago-vos a primeira das receitas italianas que veio comigo na mala.

Já aqui havia partilhado uma receita de Pesto de Amêndoas (já experimentou?) e hoje trago uma variante deliciosa que tive oportunidade de conhecer na cidade de Ravenna: Pesto de Tomate Seco.
Esta alternativa ao Pesto original (alla Genovese) é muito aromática, combina na perfeição o sabor adocicado do Tomate Seco com a frescura levemente cítrica do Manjericão e três colheres de chá deste molho são capazes de dar vida ao prato de massa mais sensaborão e enfadonho. Demora apenas 10 minutos a preparar e é perfeito para ter no frigorífico e usar naqueles dias de "preguicite aguda" para a cozinha ou em que chegamos tão tarde a casa que só queremos comer qualquer coisa saborosa sem ter grande trabalho.






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domingo, 7 de junho de 2015

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Hummus com Paprika | Moroccan Style

Quem acompanha esta cozinha há algum tempo sabe que sempre que possível gosto de pegar na mala e ir descobrir o mundo, uma cidade de cada vez. Também não será novidade que um dos destinos que mais me apaixonou foi Marrakech, em Marrocos. No Norte de África e apenas a (cerca de) 1 hora de Lisboa de avião, este país e mais concretamente esta cidade, estranha-se logo que se desembarca no aeroporto, pelas temperaturas quentes durante o dia e pela elevada percentagem de humidade no ar e, claro, pelos cheiros tão diferentes aos que estamos habituados. Mas Marrakech entranha-se em nós e deixa-nos irremediavelmente apaixonados para a vida! E não são precisos muitos dias para que a paixão aconteça, apenas horas e, no meu caso extremo, minutos...

Tudo nesta cidade é vibrante, a vida na labiríntica Medina, a arquitectura, a cultura, as cores das cerâmicas e dos edifícios e, claro, a gastronomia! Desde as especiarias, à delicada doçaria, passando pelos chás e culminando nos pratos principais, este é um magnífico destino para ser desvendado por um foodie!

E é inspirada por esta cidade que hoje partilho convosco uma sugestão vegetariana, perfeita para um amuse bouche de fim de semana, para dar início a uma refeição entre amigos. Proponho-vos um Hummus em que os Cominhos Moídos nos levam a viajar, logo à primeira dentada, até Marrocos.
O Hummus (ou homus) é uma receita secular, comum a todo o mundo árabe (Norte de África, Médio Oriente e sul do Mediterrâneo), com ligeiras variações na sua confecção e tem como ingredientes principais Grão-de-Bico, pasta de Sésamo ou Tahine, sumo de Limão, Alho, Sal e Azeite.
O que hoje vos proponho tem um twist diferente trazido pela raspa de Limão e pelo inconfundível sabor fumado da Paprika e que levam este hummus a um nível ainda mais surpreendente (e impossível de parar de comer)!

Para além de nos proporcionar uma viagem imediata até destinos exóticos, a sugestão de hoje é muito rápida e fácil de preparar e é excepcionalmente rica em fibra (trazida pelo grão) que ajuda a reduzir os níveis do mau colesterol e que impede que os níveis de açúcar subam rapidamente no organismo após uma refeição, o que a torna uma óptima escolha para diabéticos, com resistência à insulina ou com hipoglicemia.

Aventure-se com a proposta de hoje e conheça um pouco mais dos sabores exóticos deste apaixonante país, viajando no prato sem precisar de malas ou cartão de embarque!






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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Saladinha Fresca de Abacate e Camarão com Sabor a México

Hoje celebra-se o Food Revolution Day - Dia Mundial da Mudança Alimentar, movimento criado pelo chef inglês Jamie Oliver para trazer de volta os grandes valores culinários (Comer Bem, Saudável e Caseiro) e esta cozinha junta-se de novo à celebração!
Os valores do evento são também os desta cozinha, pois por cá acreditamos que a alimentação define o nosso estado geral de saúde e que a comida caseira, para além de ser um acto de amor,
pode e deve ser criativa, variada, apaixonante, saborosa e proporcionar momentos de felicidade partilhada. E isso, como nos tem mostrado também o talentoso Jamie Oliver com as suas receitas em 30 minutos, não implica gastar muito do nosso precioso tempo.

A sugestão de hoje condensa tudo isto em 10 minutos de preparação, é cheia de sabor, frescura e, claro, nutrientes bons! Com as temperaturas a ficarem mais altas, começa a cheirar a Verão e a apetecer as comidas e as roupas frescas, chinelos nos pés e, claro, férias! Esta Saladinha Fresca tem aromas e sabores mexicanos e está carregadinha de fantásticas memórias de viagem! Que me encanta!

Buen fin de semana de calor, mis amigos!




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domingo, 11 de maio de 2014

Couscous com Legumes ao Açafrão [ e Aroma a Marrocos ]

Esta semana voltamos ao norte de África e aos aromas e sabores Marroquinos.
Há alguns meses partilhei convosco a minha paixão por este país (e pela sua gastronomia) e a recordação de umas Kefta Tagine plenas de sabor. Hoje trago um prato vegetariano, igualmente aromático e saboroso, pronto a comer em apenas 40 minutos e que pode ser servido como prato principal ou como acompanhamento. Simplesmente adoro o contraste das diferentes texturas, a suavidade da Abóbora Menina e da Courgette em oposição ao al dente da Cenoura, da Cebola e do Aipo, finalizado com a doçura das Sultanas!

Delicie-se com a sugestão de hoje e viaje no prato até aos sabores exóticos deste encantador país!




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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Kefta Tagine [ e um prato cheio de memórias fantásticas ]

A sugestão que encerra esta semana corrida pertence a uma das minhas melhores recordações de viagem e é um prato cheio de memórias (visuais e olfactivas) fantásticas!

Estive em Marrocos pela primeira vez em 2008 e foi amor à primeira vista! Sem dúvida voltaria repetidamente a este país. Fiquei irremediavelmente encantada com a gastronomia, a cultura, os cheiros, as cores, os contrastes geográficos e a luz (aiiiiii aquela luz) e aquele inigualável céu de fogo ao nascer e ao pôr-do-sol!

O prato de hoje é um dos preferidos da cozinha marroquina cá em casa e é uma adaptação pessoal à Kefta Tagine da sra. Aminah (cozinheira do riad onde ficámos em Marrakech). E se a cidade me apaixonou para a vida, esta senhora conquistou-me com o seu enorme talento culinário, sorriso, humildade, gentileza e simpatia genuínas.

Salam Alaikum, Aminah! Salam Alaikum, Maroc!




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sábado, 8 de junho de 2013

Carpaccio Espresso de Bresaola, Rúcula e Parmesão

Hoje o brunch foi tão tardio que mais devia ser chamado de lanche! Este tempo enjoado em pleno Junho faz o corpo andar mole e cheio de preguiça... Já não apetecem as comidas quentes de Inverno, mas também ainda não apetecem as comidas frescas de Verão. E no meio da indecisão, vão-se buscar memórias de viagens que inspiram a gula.

Hoje viajámos até Itália no prato e em 5 minutos saciávamos a fome. Huuuuuummmm, buoníssimo!




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