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sábado, 8 de fevereiro de 2020

Sopa de Batata-Doce e Espinafres

Faz hoje 10 anos que deixei de fumar! Uuu-uuuuuuuuuuu! 

Tomei a decisão de forma consciente (mais consciente do que quando comecei), deixei o maço a meio e nunca mais toquei num cigarro. No dia em que fumei pela última vez, disse ao J. que aquele seria o meu último cigarro. Ele, trocista, olhou para mim e riu-se. Mas que sabia ele na altura sobre a minha força de vontade? Acho que entretanto, quer ele, quer eu, aprendemos muito sobre essa minha força...

Não precisei de consultas especiais, pensos ou pastilhas de nicotina, nem ganhei peso a mais. Ganhei sim "pulmão" para as corridas, o olfacto e o paladar melhoram substancialmente, o cabelo e a roupa passaram a cheirar sempre bem e a carteira ganhou novo fôlego (e passados 10 anos, ainda ponho no mealheiro - sim, tenho uma porquinha cor de rosa na cómoda do quarto - todo o dinheiro que gastaria por semana em maços de tabaco). Foi sem qualquer dúvida, uma das melhores resoluções da minha vida!

Quando partilho a minha história com quem ainda fuma, oiço dizer muitas vezes que deixar de fumar assim só é possível para quem não tinha o vício. Mas eu fumei durante 16 anos, 3 a 4 maços por semana, e se isso não era vício, não sei o que seria. Depois vem usualmente o argumento de que "Mas eu gosto de fumar!", ao que eu usualmente respondo que também eu gostava de fumar, mas descobri que gosto mais das minhas veias, dos meu pulmões e da minha carteira. E depois vem um silêncio de desconforto do outro lado... A ficha cai, mas mudar hábitos custa. É mais fácil então mudar de conversa. 

Quando dou formação e abordo as questões da Motivação, digo aos meus formandos que a motivação é intrínseca e não extrínseca. Ou seja, começa e acaba sempre em cada um de nós. Da mesma maneira que a mudança também começa sempre em cada um de nós, nunca nos outros. Afinal, só nos podemos mudar a nós próprios e a mudança dos outros nunca depende de nós.
A automotivação e a autoregulação é o que nos faz "andar" até alcançar o(s) objectivo(s) - qualquer que ele(s) seja(m). É o que nos dá força quando a tentação nos volta a atormentar. Agora, tem é de haver um objectivo a atingir e ele tem de estar claro na nossa cabeça. Isso e termos definido claramente qual o benefício para nós próprios em atingi-lo.

No exemplo de deixar o tabaco, deixar de fumar é o objectivo e o benefício pode ser poupar dinheiro e/ou melhorar a saúde cardiovascular. Mas não podemos deixar ficar a "coisa" por aqui: há que nos "mostrar" o benefício. Ou seja, arranje um mealheiro e poupe todo o dinheiro que ia gastar em tabaco num mês, em seis meses ou num ano. Vai uma aposta que quando vir no final de cada mês o dinheiro que poupou, vai arranjar de seguida um objectivo para essa poupança de dinheiro? Podem ser as férias do próximo ano, um novo robot de cozinha, amortizar uma dívida, pagar o IMI, o que seja, mas vai acontecer-lhe também a si.
No meu caso, as minhas poupanças referentes ao tabaco que já não fumo já pagaram, entre outras coisas, férias, equipamento fotográfico novo e um robot de cozinha topo de gama. E quer saber? Quando olho para as coisas dessa forma, para além de saber que as minhas veias e os meus pulmões são muito mais saudáveis hoje do que há 10 anos atrás, o benefício financeiro que encontro em ter deixado de fumar faz-me querer activamente não voltar a tocar em tabaco. Por isso, e de novo, hoje é dia de festa por aqui: não fumo há uma década!

Podia celebrar com um bolinho, afinal até é fim-de-semana, mas prefiro celebrar com uma sopinha boa! É que o fim-de-semana por aqui é raras vezes sinónimo de bolos e sempre sinónimo de compra de alimentos e de pré-preparação das refeições da semana seguinte.
Preparar as refeições da semana com antecedência dá um jeitaço quando as agendas andam uma loucura. No nosso caso, o início de ano é sempre uma altura de muitas horas de produção dentro de 4 paredes: termina-se a programação de experiências, escapadas e viagens do novo ano; carrega-se produto novo nos sites; "cozinham-se" as novas brochuras e preparam-se as presenças nas feiras de turismo ao longo do ano. Por isso, e para não rebentar com o orçamento mensal para alimentação e com a balança, tem de haver comida saborosa, variada, saudável e pronta a aquecer quando se regressa a casa do trabalho, a desoras, e se sabe que a seguir ainda se vai trabalhar mais uns bons pares de horas.

E esta semana, na ementa há.... Rufos de tambor... Sopa de Batata-Doce e Espinafres na Bimby! Umas das nossas preferidas!
Usualmente as nossas refeições começam sempre com sopa e há mesmo dias em que o jantar é só sopa, umas fatias de queijo e umas tostas.  E a sopa que partilho hoje convosco, apesar de não ser uma receita super criativa, é uma receita garantidamente boa, fácil, muito saborosa e saudável! Não leva sal (e não precisa), fica super cremosa e não há esquisito na altura de comer que lhe ponha defeitos. Vai experimentar?





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sábado, 5 de dezembro de 2015

Sopa de Abóbora-Manteiga e Pêra Rocha com Baunilha e Hortelã

Esta cozinha regressou de férias a ferver de boas energias!
Quem nos acompanha há algum tempo sabe que por aqui não há, regra geral, férias nos meses de Verão e que Novembro é o mês eleito para abrandar. O deste ano não nos levou para fora de Portugal e, não escapando à inevitabilidade da vida, trouxe mais um ano a esta cozinheira (decidi que a partir de agora continuarei a celebrar a data mas o somatório à idade está oficialmente congelado, cof, cof, cof...). Deu-nos tempo para umas escapadelas gastronómicas de babar, uma experiência culinária de luxo com uma constelação de estrelas Michelin (ADOREI!), para preparar um refresh de imagem ao blog e começar a preparar o Natal cá de casa e o desta nossa cozinha virtual. E cheira tão bem a ideias novas por aqui!

Que somos uns "sopeiros" (entenda-se o termo como "gente que ADORA sopas") assumidos já havíamos partilhado convosco e a partir do Outono há sempre sopas diferentes, pelo menos, duas vezes por semana. Gostamos das mais leves como primeiro prato, das que resumem toda a refeição numa tigela e, claro, das tipicamente portuguesas.
A que partilhamos hoje encerra a série de Sopas de Outono criadas para o desafio que a Revista ACTIVA lançou ao nosso blog para a edição de Outubro de 2015 e é uma completa surpresa para o paladar!

Juntámos notas de sabor caramelizado à suave Abóbora-Manteiga e à nossa incomparável Pêra Rocha, adicionámos o sabor levemente cítrico do Tomilho Limão da nossa pequena horta biológica, casámos tudo com uma inesperada vagem de Baunilha e finalmente abrimos o paladar com Hortelã. E tudo isto resultou numa sopa inusitada, de textura aveludada e aromas e sabores que estimulam a criatividade do paladar!

Uma vez criada a receita no papel, o "test-drive" foi feito com as querida Mães (a Mãe-Mãe e a Mãe-Avó). Foi um Domingo de teste de receitas com as mulheres que me despertaram esta paixão pela cozinha e cujas opiniões de anos de sabedoria culinária são tão valiosas para mim quanto ouro.
Abria eu a vagem de Baunilha quando a Mãe-Avó (do alto dos seus 87 anos) perguntou se também a ia pôr na sopa... "Baunilha só comi nos bolos, filha!"
Estava a sopa a cozinhar na panela e reparo na Avó a apanhar Hortelã da nossa horta. Chegou perto de mim de raminho na mão e diz-me apenas "Toma, vais precisar disto para acabar a sopa". E não é que precisei mesmo? Foi este pequeno-grande detalhe final que tornou esta sopa numa experiência de sabores surpreendente. Tão simples e tão intuitivo para esta senhora já tão esquecida de tudo... Bem-haja querida Avó, é preciosa!

Aceite esta nossa sugestão, reúna legumes e fruta numa tigela de sopa e despeça-se do Outono com esta tentadora combinação de paladares!



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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sopa de Batata-Doce Assada com Gengibre e Croutons de Parmesão

Há qualquer coisa de reconfortante no calor de uma sopa. "Forra-nos" a barriga (como diz a querida mãe), aquece-nos a alma e ajuda-nos a resumir os dias numa tigela de conforto. 

Nesta cozinha gostamos muito de sopas. Sopas assim, assadas e cozidas. Gostamos das sopas de puré, das de "entulho" (i.e. com muitos legumes cortados em juliana, com massa, carne, enchidos ou peixe), de canja de galinha, das sopas mais densas e também das mais ralas.
Quando o Outono chega não há semana sem um panelão (ou dois) de sopa feita a preceito. E por isso também há sempre comida pronta a comer ou, como gosto de lhe chamar, "fast food" à portuguesa! Chegar a casa cansada depois de um dia longo, chuvoso e cinzento, largar tudo, calçar as pantufas quentinhas e em 3 minutos estar a comer é impagável! Não há refeição mais cómoda, rápida e nutritiva como as que as Sopas me proporcionam nesta altura do ano.

A receita que partilho hoje surgiu de um desafio da Revista ACTIVA para dar as boas vindas ao Outono com uma série de Sopas Leves na edição de Outubro de 2015 e esta, em particular, da minha paixão pela combinação dos sabores da Batata-Doce e do Gengibre. E é difícil não ficar fã desta sopa!
Elevámos a doçura tão característica da Batata-Doce ao seu máximo conferindo-lhe notas ligeiras de sabor a caramelo e criámos contrastes com o cítrico e ligeiramente picante próprio do Gengibre. Reduzimos tudo a puré aveludado e animámos o paladar com a textura crocante e estaladiça de uns Croutons dourados com sabor a queijo Parmesão. Mmmmmm...

Para além de todas estas particularidades de paladar, saiba que esta nossa sugestão está carregadinha de benefícios para o seu corpo! Isto porque a Batata-Doce é um hidrato de carbono de baixo índice glicémico, o que significa que a absorção pelo organismo é feita de forma mais lenta, libertando gradualmente a glicose na corrente sanguínea sem estimular demasiado a insulina (hormona responsável pela fome e pela acumulação de gordura no corpo humano), fazendo deste um alimento imbatível para diabéticos ou para quem pratica exercício físico de alta intensidade. Por sua vez, o Gengibre, nativo do sudoeste da Ásia, é um anti-inflamatório e analgésico por excelência, para além de ser um potenciador do processo digestivo, aumentar a líbido, acelerar o metabolismo e de ainda prevenir doenças cardio-vasculares, favorecendo a circulação sanguínea.

Experimente esta nossa sugestão, dê um punch de energia ao seu sistema imunitário e delicie-se com estes sabores de Outono! Acho que vai ADORAR!



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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ajo Blanco [ ou a Frugalidade de uma Sopa Fria Andaluz ]

A sugestão de hoje é um hino à frugalidade alimentar e, quem sabe, um desafio para repensar a forma como comemos actualmente.

Nunca antes como no século XX o mundo vira mudanças tão profundas no paradigma alimentar que alteraram por completo a nossa percepção dos alimentos e da alimentação.
Ao longo dos últimos 70 a 80 anos quer o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, industriais e tecnológicas quer a criação de vias de comunicação mais eficientes ajudaram a redefinir e moldar a alimentação contemporânea.

E num mundo em paz relativa, cujas economias globais estão alicerçadas no capitalismo, como é que isso afecta o que, como e quanto comemos?

O conceito de globalização moderno enraizou nos nossos hábitos de consumo alimentos de países distantes e que hoje não dispensamos nas nossas cozinhas, exemplo por excelência disso mesmo são as centenas de especiarias que nos ajudam a dar sabor aos alimentos e sem as quais seria difícil viver hoje (apesar do termo "globalização" ser relativamente recente, não teria o conceito nascido já nos séculos XV e XVI com os Descobrimentos, quando se começaram a introduzir alimentos desconhecidos de outros continentes na alimentação dos países colonizadores?).
O consumo de proteínas animais como a carne e o peixe banalizou-se, nos países mais ricos, ao ponto de os podermos consumir diariamente, vegetais, frutas e cereais passaram a ter um papel secundário nas dietas alimentares modernas - recordo o que a querida avó me contava sobre a alimentação da sua juventude, os cereais (usualmente na forma de pão), os legumes e a fruta eram a base alimentar diária, a carne era o luxo de datas santas e o peixe de mar uma delicatesse escassa nos pratos dos mais pobres do interior do país.
E porque o mundo vive uma paz relativa há várias décadas, tornou-se possível canalizar recursos alimentares em abundância para as mesas dos cidadãos comuns dos países onde a riqueza está mais concentrada. As porções individuais do que comemos aumentaram exponencialmente e até o tamanho dos pratos aumentou também (já tinha reparado nisso?). 

Mas numa altura de tamanha abundância alimentar, significará isso que o que comemos hoje é tão ou mais seguro para a saúde humana quanto o que se comia há pouco mais de meio século atrás? Penso que todos conhecemos a resposta a esta questão.

A receita que trago hoje obriga-nos a repensar todos estes aspectos da História da Alimentação, até porque esta Sopa Fria Andaluz tem a sua história intimamente ligada a um período de escassez alimentar espanhola.
Málaga e Granada disputam a origem desta receita, mas certo é que esta sopa humilde (cuja combinação de ingredientes remonta à antiguidade da conquista romana da Península Ibérica) se tornou prato nacional durante a Guerra Civil Espanhola e nos anos do pós guerra.

Este Ajo Blanco (uma alternativa ao famoso Gaspacho) combina ingredientes tão frugais como Pão, Água, Amêndoas, Alho, Azeite, Vinagre e Sal e posso garantir-vos que basta apenas uma chávena pequena desta sopa acompanhada por algumas frutas doces para encher a barriga e saciar a alma até à próxima refeição. De sabor intenso e textura densa, esta sopa fria leva-nos a uma época em que a saciedade do corpo não estava (nem podia estar) ligada à quantidade do que comíamos, mas antes à cozinha de economia, onde a combinação de ingredientes dependia do que havia e do que não se podia desperdiçar.

Aceite a nossa sugestão de hoje e experimente este incomparável sabor andaluz, dê um boost ao seu sistema imunitário com a ajuda do alho crú e viaje no tempo até uma altura em que a frugalidade na altura de comer não podia, como hoje, ser uma opção.




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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Sopa de Abóbora Manteiga, Funcho e Laranja

Quem acompanha esta cozinha nas redes sociais do Facebook e do Instagram saberá que esta cozinheira não teve um início de ano novo suave. Na primeira quinzena de Janeiro, fui submetida a uma mini-cirurgia dentária ao maxilar inferior (terminologia médica cunha distal) e a recuperação que se antecipava fácil revelou-se não tão fácil assim... Pontos no maxilar, junto ao dente do siso, obrigaram a uma dieta líquida ou mole durante uma semana e como um dos pontos estava muito tenso, na véspera de os retirar (a comer uma banana madura fatiada, tristeza!), a gengiva cedeu e rasgou numa grande extensão. Resultado, mais tempo de recuperação, nova profilaxia e muito juizinho (de novo) na alimentação.

Durante estas últimas semanas fui introduzindo na dieta diária alguns alimentos cujas propriedades ajudaram muitíssimo na minha recuperação. Foi o caso do chá verde Matcha, cujos antioxidantes da sua composição ajudam a combater as bactérias e a formação de placa dentária, e ainda das Clementinas e das Laranjas, que por serem ricas em vitamina C contribuiram substancialmente para a redução do inchaço e inflamação da gengiva lesionada.
Mas apesar da dieta cuidadosa e da profilaxia escrupulosamente cumprida, a cicatrização foi muito lenta e por isso resolvi experimentar também uma solução mais natural * e que se revelou milagrosa! Substituir o colutório prescrito por um remédio caseiro, bochechos de água morna com sal marinho (230 ml de água tépida + 1/2 colher de chá de sal marinho) duas vezes ao dia, depois de lavar os dentes e usar o fio dental, durante 3 dias (seguido da aplicação do gel gengival receitado pela Dra. Joana) demonstrou uma eficácia monumental na recuperação desta cozinheira!

* Nota: Para evitar interpretações incorrectas ao que aqui partilho, reforço que NÃO sou apologista que as soluções naturais devam substituir o acompanhamento médico regular, mesmo quando não há queixas de maior. Aliás, como já mencionei anteriormente, acredito convictamente que a nossa saúde passa pela alimentação saudável e equilibrada, prática regular de exercício físico e acompanhamento clínico preventivo (na forma de check-ups médicos anuais).

Foi pois pela capacidade regenerativa que a vitamina C demonstrou ter na minha recuperação (e também por não poder ingerir alimentos sólidos) que nasceu a receita desta sopa de sabores inesperados.
Proponho-vos uma sopa sem batata, consistente e muito gulosa, onde o sabor dos legumes assados no forno é harmonizado com o sabor e aroma cítrico do Tomilho-Limão e em que a surpresa inesperada da Laranja a envolver a boca no final de cada colherada promete deixar quem a provar agradavelmente surpreendido.

Experimente a nossa sugestão, delicie-se e reforce o sistema imunitário com um boost de vitaminas fundamentais para o seu organismo! 





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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Creme de Castanhas, Batata Doce, Cogumelos e Tomilho

Confesso que já tinha saudades de partilhar convosco umas receitas gulosas!
Esta cozinheira andou um pouco ausente desta cozinha virtual pois o último mês foi de agenda cheia. As partilhas semanais das receitas cá de casa foram obrigadas a ficar em stand by até que a agenda permitisse tempo para conceber novas receitas, testá-las, fazer o styling fotográfico, fotografar e editar e, finalmente, escrever e partilhar aqui no blog e nas redes sociais. É que isto de ter um blog dá imensa satisfação pessoal, mas também imenso trabalho. Trabalho esse que vem do coração de cada blogger, do enorme gosto que cada um de nós tem pelo que faz e que partilha convosco, que nos seguem em cada uma das plataformas sociais onde estamos presentes - OBRIGADA por estarem desse lado, pois isto só faz sentido com a vossa companhia!

Agora com uma agenda mais liberta e com as férias a chegarem a passos largos, antecipa-se mais tempo para partilhar convosco, como habitual, coisas boas e gulosas! E retomamos da melhor forma a partilha das receitas desta cozinha, com uma sugestão a celebrar o S. Martinho e os sabores Outonais, ricos, intensos e reconfortantes!

Trago-vos uma sugestão Vegetariana, um Creme de Castanhas (quentes e boas!) e Batata Doce assadas no forno, Cogumelos e Tomilho-Limão da nossa pequena horta biológica. A sugestão de hoje foi inspirada numa deliciosa Sopa de Castanhas que comemos no restaurante Oxymoron, em Berlim, há quase um ano. A que hoje aqui partilho convosco tem sabores mais complexos, é densa em textura (trazidas pelas Castanhas e pelos Cogumelos) e tem notas aromáticas surpreendentemente leves trazidas pelo sabor e aroma ligeiramente cítrico do Tomilho-Limão.

Se há receitas que valem a pena experimentar, esta é mesmo uma delas!





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domingo, 27 de julho de 2014

Sopa Fria de Legumes e Tomilho-Limão

Esta é uma proposta de aproveitamento de sobras ou, se preferir, de economia doméstica. O legume que encontra em maior quantidade nesta sugestão é a Courgette, cujas sobras foram aproveitadas destas deliciosas Courgettes Bola Recheadas, mas também pode usar Courgettes comuns (verdes ou amarelas) inteiras para a preparar.

A recusa em desperdiçar ingredientes de excelente qualidade (pois os vegetais que usamos são biológicos) resultaram numa sopa de improviso perfeita para um almoço ligeiro de Verão, cheia dos bons nutrientes da Courgette, da Cenoura e da Cebola, plena em sabor, totalmente vegetariana e pronta a comer (ou beber) em menos de 10 minutos.

Com tantas coisas boas reunidas numa única receita, precisa de mais argumentos para a experimentar?



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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sopa de Agriões, Nabiças e Cenoura

Ainda Fevereiro está no início e já eu suspiro pela Primavera! E que saudades de dias de Sol e noites estreladas, dos jantares à luz de velas no terraço e de roupas e comidas mais leves! E este frio (e esta chuva!) que teima em não nos largar, ainda me aumenta mais as saudades.
Tenho saudades das saladas, das frutas sumarentas e coloridas da Primavera e do Verão, dos improvisos no prato (e no copo) e de sopas frias cheias de sabor (lembra-se desta?), hummmmmm...

Mas enquanto o frio nos fizer companhia, as sopas têm de ser reconfortantes, servidas bem quentes e ainda fumegantes! E a sugestão de hoje é exactamente assim!
Para além de saborosíssima, é intensa na cor, fica pronta a comer em menos de 30 minutos, é rica em nutrientes, pode ser facilmente inserida num plano de dieta (pois não leva Batata), é totalmente Vegetariana e sem Glúten.
É quase impossível ficar indiferente a tantas virtudes numa única tigela de sopa! Sirva-se e saboreie!





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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sopa da Pedra e Uma História Tradicional Ribatejana

A casa dos queridos pais sempre foi casa de muitas sopas, principalmente no Outono e no Inverno. A mãe justificava que nos dias em que o cansaço pesava ou em que os horários eram tardios, era um gosto chegar a casa e ter comida cheia de nutrientes pronta a aquecer e comer. E sempre assim foi na minha infância, adolescência e idade adulta em casa dos pais e é também assim cá em casa.

A sugestão desta semana é uma das nossas sopas preferidas e aqui, como em casa dos queridos pais, nunca dura mais de dois dias pois tem honras de prato principal. Faz parte da história de vida do pai ribatejano e do imaginário das histórias repetidas vezes sem conta pela mãe.

A Sopa da Pedra é um clássico da gastronomia tradicional portuguesa e a sua história foi sempre associada à cidade ribatejana de Almeirim. O conto popular diz que um frade pobre viajava em peregrinação e que sem dinheiro ou comida bateu à porta de um agricultor, pedindo uma panela para preparar uma sopa. O agricultor acedeu e emprestou-lhe uma panela de ferro. Sob o olhar do agricultor, o frade tirou do seu bornal (saco antigo para transporte de comida e pequenos géneros) uma pedra lisa, redonda e brilhante e mostrou-a como o seu ingrediente principal. Curioso, o agricultor convidou o frade a entrar e indicou-lhe a cozinha. Aí o frade colocou a panela ao lume só com a pedra e disse precisar molhar a pedra. A esposa do agricultor deu-lhe água. Depois o frade disse precisar temperar a sopa... E a esposa do agricultor deu-lhe sal, mas o frade sugeriu um pouco de chouriço ou toucinho. E o chouriço foi adicionado à pedra. Depois o frade disse que a sopa ficaria melhor um pouco mais grossa, com batatas, feijão ou sobras da refeição anterior... E a esposa do agricultor deu-lhe as sobras da refeição anterior, algumas batatas, cenouras e feijão. E assim se engrossou a "sopa da pedra". Depois de pronta, o frade, o agricultor e a esposa comeram juntos a sopa e no final, a pedra foi retirada da panela, lavada e novamente guardada no bornal do frade para a sopa seguinte.




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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sopa de Beldroegas com Queijo de Cabra [e sabor a memórias de adolescência]

Ao longo dos anos tenho experimentado muitas versões diferentes da tradicional Sopa de Beldroegas e nenhuma outra superou a que partilho hoje! Foram precisos mais de 20 anos e os produtos de uma quinta biológica para voltar a comer a Sopa de Beldroegas da D. Odete. E mais que uma sopa, revelou-se uma viagem no tempo!

Muitos dos fins de semana e férias da minha adolescência foram passados num monte alentejano perto de Reguengos de Monsaraz. Foi um local de aventura, liberdade, conversas e gargalhadas boas até de madrugada com a madeira da lareira a crepitar, onde conduzi um carro pela primeira vez (graças à fé da querida tia nas minhas capacidades), onde descobri o encanto pela fotografia... São tantas e tão boas as memórias deste local, dos tios, da prima, de mim com menos 20 anos...

A autora desta receita, que sempre conheci apenas por D. Odete, era a esposa do guarda do monte dos tios. Viviam numa casinha mesmo ao lado da casa principal, tinham um rebanho de ovelhas e uma pequena horta, tomavam conta do monte, das galinhas e dos patos e sempre que me cheirava à cabeça de alho a fritar lentamente na panela de ferro ia sentar-me no primeiro degrau da sua porta, pois sabia que era dia de Sopa de Beldroegas. E ali ficava, sentada, paciente, até que ela viesse à porta e me visse. E ela sabia sempre que eu lá estava e pelo que esperava: a primeira "malga" de sopa ainda fervente era sempre minha!

Não sei se a D. Odete ainda será viva, pois perdi-lhe o rasto com os anos, mas aqui fica a minha pequena homenagem à sua MARAVILHOSA sopa e a todas as belíssimas memórias que guardo no coração desses fantásticos anos da minha adolescência!





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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sopa Fria de Melancia e Cinco Frutas Maduras com Manjericão e Pimenta Preta

A sugestão de hoje foi-me dada pela (querida) Mãe. Falou-me numa Sopa de Frutas que havia experimentado em casa e que sabia que iríamos adorar. E adorámos! Apesar de ter adaptado a receita e ter escolhido as frutas pelas cores (para que contrastassem com o vermelho da Melancia), ficámos sérios fãs desta MARAVILHOSA Sopa Fria! Então servida bem gelada, com uns cubos de gelo e um vinho branco estupidamente gelado no copo é uma perdição!

Se há prato capaz de concentrar em si uma estação do ano, este é um deles: é pleno Verão em cada colherada!



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terça-feira, 7 de maio de 2013

Sopa de Espinafres com Alho, Abóbora e Espargos

Somos sérios fãs de sopa cá em casa e todas as semanas (até o tempo começar a ficar mais quente) há sopa no prato. E esta que partilho hoje é uma das favoritas! Cremosa, cheia de nutrientes e vitaminas e compõe facilmente uma refeição. Faço-a no Outono, no Inverno e no início da Primavera e nunca sobra para amostra.



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