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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Sopa ao Estilo Ramen

Eu sei que ainda está calor para um prato destes, mas as noites já começam a refrescar e... Apetece-me! Para além de que fiz Entrecosto Assado no forno (veja uma receita aqui) que sobrou e nesta casa não se desperdiça nada. Por isso, sai uma Sopa ao estilo Ramen de lamber os dedos!

Ramen não é mais do que uma sopa japonesa de noodles de trigo, cujo caldo pode ser de carne, peixe ou vegetais, os seus ingredientes principais (para além da massa) variam consoante o gosto e é tradicionalmente comida com pauzinhos (alerto que é preciso perícia e, preferencialmente, um babete para não sair da refeição com a roupa medalhada). Diz-se que surgiu no Japão no século 19, levada pelo Chineses, que confeccionavam os seus noodles num caldo rico em sal, ossos de porco e servido depois com legumes e fatias de carne de porco assada. Os japoneses gostaram tanto desta sopa de ossos que a adoptaram como sua, dando-lhe o nome de Ramen, e começaram a abrir restaurantes especializados neste caldo na cidade de Tóquio. Com a 2ª Guerra Mundial e a ocupação militar do Japão pelos EUA (entre 1945 e 1952), o Ramen começou a espalhar-se pelo mundo ocidental.

No entanto, e apesar do Ramen estar tão na moda actualmente mesmo no nosso país, Portugal tem no seu receituário tradicional há já muitas décadas as conhecidas Sopas ou Caldos de Ossos. Uma das maiores diferenças entre o Ramen japonês e as nossas Sopas de Ossos é que o Ramen leva noodles de trigo e as nossas sopas ou caldos uma enorme variedade de vegetais sem adição de massas.

Quer opte por cozinhar uma Sopa de Ossos à Portuguesa ou por um Ramen japonês, saiba que ambas têm benefícios para a saúde, por exemplo, por reforçarem a quantidade de colagénio no organismo, melhorando a qualidade da pele, unhas e cabelo; e de cálcio, fósforo e magnésio, potenciando a saúde dos ossos e dos dentes.

Entretanto, enquanto não se dedicar a cozinhar de raiz e a preceito quer o Ramen, quer o nosso Caldo de Ossos, aproveite esta sugestão e tenha uma refeição rica em sabor e nutrientes pronta a comer em apenas 30 minutos. Experimente e depois partilhe comigo o que achou deste prato de conforto absolutamente delicioso!




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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Trança de Fiambre, Queijo, Tomate Seco e Cebolinho

Tenho horror a dietas restritivas. Sempre tive. Aliás, fujo delas como "o diabo foge da cruz". O meu foco alimentar é o que aqui partilho convosco, uma dieta não fundamentalista, equilibrada, saudável e variada (como de tudo, fujo moderadamente dos açúcares, das farinhas e dos fritos em geral; adoro vegetais, frutas e inspirações da cozinha do mundo), mantenho uma rotina diária de exercícios de fitness e pilates (vejam aqui algumas ideias de exercícios que podem facilmente fazer em casa), corro 2 a 3 vezes por semana, bebo muita água, não consumo sumos ou refrigerantes de compra e gosto de um bom vinho ou de uma boa cerveja gourmet ou artesanal ao fim-de-semana. 

Até ao momento tem funcionado perfeitamente para mim, mantenho o mesmo peso (mais quilo, menos quilo), surpreendentemente visto roupa que usava quando tinha 18/19 anos e sinto-me bem, física e mentalmente, com o meu peso e com o meu corpo. Confesso que ajuda ser muito mais fã de salgados do que de doces, mas sinceramente acho que os truques que fazem a diferença são perceber que não posso andar repetidamente a cometer excessos alimentares e saber controlar os "desejos". E quando é dia de "pecado da gula", usualmente o pecado é feito numa refeição, em dias específicos da semana. Depois volto à "normalidade" da dieta regular e do exercício físico e o peso não sofre grandes alterações.

A sugestão que vos trago hoje é para um desses momentos de pecado, que são a "cara" de um dia de Verão, perfeita para a merenda da praia, para ver desaparecer nas mãos e nas barrigas dos miúdos (e graúdos), depois de muitos banhos de mar, castelos de areia, pulos e gargalhadas de animação, tão habituais nos mais pequenos.
Lembram-se das "merendeiras"? Aqueles folhados rectangulares recheados de fiambre e queijo, egoístas (pois só chegam para um), que são comuns encontrar em pastelarias, usualmente com um aspecto sequíssimo?
Pois hoje partilho convosco uma mega trança gulosa e linda ao olhar, dourada e estaladiça, inspirada nessas merendeiras. Esta tentação serve facilmente 3 a 4 "gulosos", fica pronta a comer em apenas 30 minutos, é super fácil de preparar e é simplesmente de babar! Casei o Fiambre da Perna Extra da Primor com o Queijo, aprimorei o sabor com uns pedacinhos de Tomate Seco e Cebolinho, temperei tudo com Sal Rosa dos Himalaias (riquíssimo em iodo) e Pimenta Preta e, por fim, salpiquei o topo da massa com Sementes de Papoila para dar crocância... Tão, mas tãooooo gulosa, que o único defeito que lhe encontro é desaparecer estupidamente rápido (como o Verão, as férias e os dias bons de praia)!




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domingo, 4 de junho de 2017

Pizza com Massa de Couve-Flor...

...e cobertura de Queijo Feta, Peito de Peru, Mozzarella, Azeitonas Verdes e Orégãos

SEM Farinha | SEM Glúten


As noites de pizza desta casa tiveram várias fases, a primeira, enquanto o meu enteado foi pequeno (e cheio de carocolitos loiros e fofos, saudades...) acontecia quinzenalmente ao fim-de-semana e as pizzas eram entregues em casa - um descanso para esta cozinheira, que tinha folga do fogão ao jantar de sábado - e eram sempre seguidas por uma sessão de cinema em casa.
A segunda fase veio com os sobrinhos quando por cá ficavam a dormir, em que comecei a prepará-las do zero, envolvendo-os também na cozinha: cada um escolhia os ingredientes que queria na sua pizza e ajudavam na preparação desde o início e até que entrassem no forno. Depois era comer e vê-los deliciados com as "suas" pizzas que, claro, eram muito melhores do que as dos manos!
Agora que estão todos crescidos, estão a acabar o liceu ou andam na faculdade, namoram e têm uma vida social super agitada, faço-as menos vezes. As de agora são também preparadas do zero, mas numa versão sem farinha e por isso sem glúten, mais light e também mais digestiva. E é a receita desta mais recente versão da pizza cá de casa que partilho convosco hoje. 

A massa das nossas pizzas do passado, que continha farinha, fermento e glúten, passou à história e agora deliciamos-nos com esta massa de Couve-Flor, muitíssimo mais saudável, incrivelmente saborosa e aromática (a combinação de especiarias e ervas aromáticas faz toda a diferença no paladar), nada gordurosa e surpreendentemente consistente, aguentando perfeitamente o peso da cobertura sem se partir. Os toppings (ou coberturas) mantém-se fieis às nossas preferências, mas actualmente procuro ingredientes que não contenham glúten e tenham baixo teor de sal (o J. tem tendência para tensão arterial alta e o sal não ajuda absolutamente nada a manter esta questão controlada).
Para além desta actual versão ser bastante mais saudável é também consideravelmente mais económica, pois uma Couve-Flor com cerca de 1 kg dá para preparar duas massas, sendo que podem ser facilmente congeladas para as próximas pizzas - vejam como no corpo da receita. 

Estupidamente boa, estupidamente fácil e estupidamente mais saudável, esta nossa pizza promete fazer as delícias aí de casa, de miúdos e graúdos, quem sabe também antes ou durante uma sessão de cinema em casa, ao fim-de-semana. Deliciem-se e aproveitem todos os momentos com os vossos miúdos, enquanto eles são pequenos e as asas deles ainda são pequeninas para voar! ♥






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domingo, 30 de abril de 2017

Rosas de Maçã com Bacon de Peru

Simplesmente adoramos Maçãs! Metade da fruteira gigantesca cá de casa pertence-lhes durante todo o ano, numa imensidão de variedades consoante a estação, entre a Bravo de Esmolfe e a Maçã de Alcobaça para comer como snack a meio da manhã ou da tarde, a Reineta para assar no forno, a Royal Gala e a Starking para purés de acompanhamento de carnes assadas quando estão muito maduras e extra-doces.
E foi exactamente o aroma a maçãs maduras e doces que inundava a sala de jantar que despertou a inspiração para a receita de hoje...

Trazemo-vos Rosas, senhoras(es)! Surpreendentes, estaladiças e saborosas!
Os aromas que se libertam e inundam a casa enquanto cozinham no forno, a maneira como resultam no prato na altura de servir e o equilíbrio delicado entre os sabores doces, salgados e apimentados, tornam estas nossas Rosas num amuse-bouche simplesmente perfeito para servir a quem mais se ama. E por isso mais do que perfeitas para surpreender as queridas Mães no próximo Domingo!

Aceitem a nossa sugestão, experimentem os sabores e os aromas destas nossas deliciosas rosas: ofereçam-nas aos vossos eternos amores e celebrem a vida, a vossa e a de quem vos adora com todas as forças dos seus corações!





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sexta-feira, 31 de março de 2017

Crepiocas de Espinafres com recheio de Cogumelos e Peru com Ervas...

 ...com Saladinha de Couve Chinesa Pe-Tsai e Tomate Cherry


Finalmente é sexta-feira, yeaahhh! 
E só por causa disso e porque os melhores dias da semana estão aí mesmo à porta, trazemos a sugestão perfeita para o brunch do próximo Sábado ou Domingo.

Com alto teor de proteínas trazidas pelo Ovo e pelo Peito de Peru com Ervas da Primor; SEM Glúten, como é apanágio da Tapioca; SEM Açúcar; rica em ferro, cálcio, selénio, zinco, vitamina C (entre outros minerais e vitaminas) trazidas pelos Espinafres e ainda em iodo, flúor, muita fibra e vitamina K (entre outras) concentradas na Couve Chinesa Pe-Tsai, a receita de hoje é uma sugestão vencedora para quem não quer sacrificar o sabor enquanto se alimenta de forma saudável.  
Para quem ainda não experimentou Tapioca, este é um ingrediente secular muito querido no Brasil e não é mais do que a fécula extraída da mandioca, estando usualmente disponível em forma granulada. Ganhou relevo pelo mundo mais recentemente por ser um ingrediente totalmente isento de glúten, podendo facilmente substituir a farinha de trigo até na composição de pão. É um excelente ingrediente para quem pratica actividades físicas e desportivas de alta intensidade, mas deve ser consumido com moderação por diabéticos devido ao seu elevado índice glicémico.
  
Propomos umas Crepiocas fofas (ou se preferirem, uns Crepes fofos de Tapioca) de Espinafres, prontas a comer em apenas 30 minutos, para partilhar com a cara metade (quem sabe depois de uma corrida ou caminhada mais intensa a dois).

Aproveitem a nossa sugestão, os dias de sol que se avizinham e as temperaturas mais amenas de Primavera para praticar exercício físico. Calcem os ténis e mexam-se porque, afinal, faz tão bem ao corpo quanto à mente!





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terça-feira, 28 de março de 2017

Peito de Peru com Legumes na Cocotte | Slow Cook

Diz que a Primavera chegou oficialmente ao hemisfério norte no dia 20 de Março. Mas na realidade, o Inverno ainda não deixou a estação mais bonita do ano instalar-se neste nosso cantinho à beira-mar plantado... Muita chuva e temperaturas baixas, depois de uns dias solarengos e quentinhos, obrigaram-nos a vestir (de novo) mais umas camadas de roupa, tirar as galochas do armário e procurar conforto em pratos quentes de sabores mais rústicos.

Como já havia partilhado convosco nesta receita de Sopa de Beldroegas com Queijo de Cabra, muitas das minhas memórias de paladar estão ligadas ao Alentejo e aos inúmeros e felizes fins-de-semana (e férias) passados no monte dos tios perto de Reguengos de Monsaraz.
Era costume, no Outono e no Inverno, a tia levar para o monte um Estufado de Peru com Cenouras previamente cozinhado que chegava a Domingo ainda mais apurado, suculento e tenro. E como era maravilhosa esta carne branca ao pequeno-almoço, entre duas fatias de pão alentejano torrado!

A sugestão de hoje é inspirada nesta memória tão pessoal, na receita do estufado da tia e nos sabores que fazem parte da minha história de vida.
Sempre que preparo este Estufado de Peru volto atrás no tempo, às memórias deliciosamente simples de uma vida pouco ou nada tecnológica, ao cheiro do combustível do gerador que se ligava apenas quando a noite caía para termos luz ao jantar, às noites passadas na tagarelice sussurrada com a querida prima até às tantas, ao barulho do mato a partir quando perto do monte andavam javalis... Saudades!

A este nosso Peru com Cenouras acrescentei Cogumelos e Ervilhas, exaltei a doçura das Cenouras com o sabor exótico dos Cominhos e deixei apurar todos os sabores na Cocotte de ferro fundido em lume baixo, durante cerca de 2 horas. A carne, primeiramente caramelizada, cozinha lentamente com os legumes, criando um prato de sabores rústicos perfeito para alimentar o corpo e alma. 
Pura comida de conforto que, como na receita da tia, com o passar do tempo vai tornando a carne ainda mais tenra, macia e incrivelmente suculenta.

Esta receita foi concebida para durar alguns dias (até porque as quantidades aqui indicadas servem generosamente 6 a 8 pessoas), para aquelas semanas em que já sabemos de antemão que chegaremos tarde a casa e sem vontade de cozinhar ou para levar para os almoços no trabalho, na marmita.
Sugiro que acompanhe esta deliciosa carne branca de panela com arroz branco, puré de batata ou de couve-flor, com couscous ou um mix de quinoa.

Aceite a nossa sugestão e delicie-se com estes sabores campestres, simples e reconfortantes!





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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Muffins de Ovo, Batata, Tomate Seco e Peito de Peru...

...com Saladinha de Rúcula, Tomate & Molho de Azeitonas Verdes e Clementina


A nossa primeira receita de 2017 adequa-se na perfeição ao lado prático, rápido e nutritivo que o nosso actual ritmo de vida exige também às refeições. É que se para nós 2016 foi um ano de ritmos mais lentos e de conclusão de um ciclo, 2017 começou a uma velocidade vertiginosa, carregado de energias criativas e muitíssimo trabalho!

Porque andamos frequentemente a correr entre reuniões e há tanto para fazer, agora é ainda mais importante cuidar de nós, da mente e do corpo, através do exercício físico e de uma alimentação equilibrada. Por isso agora é xôôô doenças, que não podemos parar!
E a sugestão de hoje é o casamento perfeito entre a necessidade de preparar refeições rápidas e de nos alimentarmos de forma saudável. Adaptei um dos recheios das Frittatas cá de casa e criei estes Muffins prontos a devorar, frios, mornos ou quentes; em casa, no trabalho ou em movimento.
Simplesmente ADORO a conjugação de texturas destas nossas pequenas delícias e os sabores campestres dos Ovos com as Batatas, o Tomate Seco, a Salsa e o Peito de Peru de sabor fumado e de baixíssimo teor de gordura da Primor! Estes Muffins gulosos ficam prontos a comer em apenas 30 minutos e adaptam-se na perfeição aos pequenos-almoços corridos e sem tempo, aos almoços de marmita no trabalho, aos lanches dos miúdos ou, simplesmente, para aquelas refeições principais em que temos fome mas não queremos "matar" a cabeça (nem os braços) com muito trabalho. E então acompanhados por esta nossa Saladinha de Rúcula, Tomate e molho de Azeitonas Verdes e Clementina... Aiiiiii, tentação!

Aceitem a nossa primeira sugestão de 2017, deliciem-se com estes sabores rústicos e simples e deixem-se inspirar pelos vossos sonhos... Eles sabem o caminho!






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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Quiche Fingida de Caneca com Fiambre, Dois Queijos e Cebolinho

A produção do Você na TV da TVI lançou-me o desafio de preparar algumas receitas em caneca e esta foi uma das tentações que levei comigo ao programa, para apresentar a quem nos acompanhou na passada segunda-feira, em casa.

Sugiro esta Quiche Fingida para um almoço rápido e guloso, acompanhada por uma saladinha leve de Tomate e Rúcula. E assim, em menos de 5 minutos, terão uma refeição nutritiva e super fácil de preparar, quase sem loiça para lavar no final.

Vá, confessem lá... Nem um take away demora tão pouco e sai tão barato, pois não?



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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Caril de Frango com Lima

And we're back!!

Quem segue esta cozinha e também o nosso Instagram, sabe que tivemos um Verão de cão! Não porque o calor tenha sido intenso e insuportável, mas porque começámos Junho com a morte do pc que nos levou todos os dados que o disco rígido continha. Um disco SSD tão estável e confiável, que com apenas 8 meses morreu para a vida. E esta cozinheira, que não fazia backups há 3 meses (mea culpa), viu todo o seu trabalho desaparecer como letras desenhadas à beira mar. Snifff...

Ainda a recompor-me da desventura informática, em Julho tive um acidente em cadeia no IC19.
Estava parada numa fila de trânsito devido a tráfego intenso. De repente, olho pelo espelho e vejo um carro em excesso de velocidade a entrar na faixa onde me encontrava. E, numa fracção de segundos, vi todo o acidente acontecer, sem poder escapar dali. O veículo em excesso de velocidade bateu violentamente no carro à sua frente e provocou um efeito dominó que só parou na traseira da minha carrinha. E nessa fracção de segundos em que tudo aconteceu, valeu-me a presença de espírito de desengatar o carro, puxar o travão de mão (gosto tanto de caixas manuais!) e preparar-me para o embate. A minha carrinha parou todos os carros e aguentou estóica e eficientemente o embate, sem provocar danos em qualquer outro veículo.
Muita chapa amolgada depois, não imaginaria o "filme" que me esperaria até Setembro com a seguradora... Fiquei sem carro de Julho até Setembro (o que, para quem trabalha, gere todas as necessidades domésticas e mora numa zona servida por poucos transportes públicos, tem um impacto brutalíssimo).
A seguradora solicitou uma peritagem e esta cozinheira, sim senhores. Dessa peritagem sai o pedido de segunda peritagem, pois era necessário desmontar a traseira da carrinha para aferir a extensão dos danos internos, e esta cozinheira, sim senhores. Só que a segunda peritagem não aconteceu na data marcada pela seguradora, nem durante os 7 dias seguintes. E a carrinha desmontada, sem poder circular. Depois espere aí mais uns dias que estamos a elaborar o relatório. Depois espere aí mais uns dias que ainda estamos a apurar responsabilidades. E a carrinha desmontada, semana após semana, sem poder circular e esta cozinheira sem poder ganhar o pãozinho para a boca e o dinheirinho para pagar contas no final do mês.
Só no final do mês de Agosto chegou a assunção de culpa/responsabilidade por parte da companhia de seguros, a autorização de reparação e um veículo de substituição para circular 3 dias (!!!) quando a reparação da carrinha demorou 7, pois os senhores da seguradora não contabilizam o tempo da encomenda das peças + o tempo que elas demoram a chegar + montagem e pintura. E aguente aí mais um bocadinho, que é como quem diz, aguente-se aí até Setembro sem carro e é se quer. Se calhar essa é a resposta que deveria dar também aos senhores da luz, do gás, da água, do supermercado e da renda de casa, uma vez que desde Julho tive de suspender a vida devido a um acidente em cadeia que rebentou com a traseira da minha carrinha e em que eu, afinal, até estava parada numa fila de trânsito. Ahhhh e entretanto ainda assumimos os custos de um advogado porque, infelizmente, só assim é que vamos "lá".

Neste momento já temos pc a funcionar, acabaram-se os dramas dos backups pois o J. tratou de me arranjar uma nuvem pessoal para lá "enfiar" todos os trabalhos, documentos e fotografias sem preocupações de espaço/capacidade e já tenho carro reparado (ou pelo menos, chapa reparada, que os senhores da seguradora assumiram quase 2.500€ de reparação de chapa mas recusam assumir 350€ de reparação do apoio da chapeleira que se partiu no acidente, afirmando que não aconteceu devido ao embate...). Tirámos uns dias para descansar junto às águas quentes do Algarve, voltámos ao nosso Alentejo e regressámos ao trabalho com baterias recarregadas (apesar de ainda hoje me suarem as mãos ao volante quando vejo um veículo muito próximo da traseira da carrinha...).

E com a vida mais recomposta, hoje regressamos às receitas. E trazemos uma sugestão de babar! Este Caril de Frango, aromatizado com 7 especiarias e com um travo fresco e pronunciado a Lima.
É um prato perfeito para dar as boas vindas ao Outono, que chegou ontem a Portugal, e que já se faz sentir quando o sol se põe. Perfeito para partilhar com quem mais se ama, para saborear com amigos e família, para agradecer com gratidão por todas as desventuras da vida que demoram mas se resolvem, pela saúde que temos, pelos risos e gargalhadas que nos animam e pelo amor que recebemos todos os dias. Sejam felizes com as "pequenas" coisas, pois são elas verdadeiramente as mais importantes da vida!






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sexta-feira, 25 de março de 2016

Folar Transmontano | Guest Recipe by Mammy

Lembram-se da promessa feita aqui na Páscoa do ano passado? Hoje é dia de a cumprir!

Quem segue esta cozinha regularmente já deverá ter percebido que gosto de doces, mas que ADORO salgados! E a Páscoa é a altura do ano que, enquanto uns se deliciam com os doces tradicionais, as amêndoas e os chocolates, eu me delicio com estas especialidades salgadas! E este Folar Transmontano feito pelas mãos experientes e talentosas da querida Mãe é simplesmente de babar! A receita é da sua autoria, inspirada nos Folares Salgados de Trás-os-Montes, terra natal da querida Avó, e leva-me de volta "aos sabores divinalmente simples das comidas dos tios-avós, à qualidade dos ingredientes criados lentamente, às histórias contadas à mesa, às férias em família, às festas de aldeia... A tantas e extraordinárias memórias em cada dentada!". E que fantástica experiência de degustação esta!

Este Folar tem uma massa a fazer lembrar a leveza e densidade da de um pão levemente salgado, é recheado com Frango, Bacon e Presunto, tem quase um palmo de altura e serve mais de 10 pessoas generosamente. É perfeito para o lanche da Páscoa em família e serve na perfeição para as refeições descomplicadas de marmita ou simplesmente para os jantares rápidos da semana, acompanhado por uma saladinha leve.

De novo, minha querida Mãe, OBRIGADA pela generosa partilha desta tua receita e pelos teus constantes feitos culinários (este incluído)!

Da nossa família para as vossas, este é o nosso mimo pascal para todos vós, desejando-vos uma Santa Quaresma com muita Saúde e Amor, brindada por dias bonitos de Primavera!





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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

É Outono à Mesa [ num jantar de amigos ] - Parte I

Gosto de decoração, de criar detalhes simples e descomplicados que prendam o olhar consoante a época, as estações do ano e o meu humor. Gosto de flores na sala de estar, de velas à mesa (mesmo quando o jantar é só para mim), de mudar objectos de sítio (assim mantenho uma decoração sempre "fresca" a custo zero), de trocar as fotografias das molduras, de projectos DIY ao fim de semana, de criar, executar e ver concretizado.

Inevitavelmente, para quem gosta destas coisas, uma refeição é sempre uma excelente oportunidade para criar detalhes e decorações giras nas horas! E para o último jantar de amigos dado cá em casa, inspirei-me no que a nova estação nos traz de melhor, no Dia de Todos os Santos e no Dia de S. Martinho (que estão aí mesmo a chegar) e trouxe o Outono para a mesa!




Comecei a cozinhar a "coisa" uma semana antes do jantar e foquei-me em detalhes outonais que já tivéssemos cá em casa ou fossem low budget - é que afinal uma mesa com quase três metros de comprimento como a nossa tem muito espaço para decorar e precisa de detalhes. Três metros deles!

Escolhi têxteis orgânicos: um corre-mesa (ou runner) de cor neutra e com uma trama toscamente visível, que acompanhasse todo o comprimento da nossa linda e robusta mesa de madeira e guardanapos (de tecido como gostamos cá em casa) de linho bege. Usei os copos de pé alto para um toque mais elegante e os talheres, em contraste, mais rústicos.

Depois fui à cesta da lenha e escolhi as pinhas mais bonitas. Reuni alguns frutos secos dos frascos da nossa sala de jantar. Nas idas ao café perto de casa apanhei folhas de Outono de cores quentes e sequei-as durante alguns dias em ambiente seco. Como memórias da nossa última ida ao Gerês, trouxemos algumas bolotas e folhas de castanheiro e usei-as também no decor da mesa.
Escolhi algumas das castanhas que a querida Mãe nos mandou e de uma ida à praça trouxe duas abóboras de tamanhos e cores diferentes para usar como "peças" centrais da decoração da mesa (depois de terminarem os seus papéis como elementos decorativos, as castanhas serão assadas à lareira e as abóboras transformadas em cubos para congelar para as próximas receitas desta cozinha). Rematei tudo com velas de alturas diferentes agrupadas em trio no centro da mesa e outras espalhadas pelo runner, para trazer calor e animar o olhar e, pronto, decoração central terminada!






Elegi o branco como cor base para a loiça deste nosso jantar (adoro loiça branca!) e fui à Cerâmicas na Linha escolher algumas peças especiais que se enquadrassem com o meu tema e trouxessem personalidade e cor à mesa. E como sempre que lá vou, encontrei as peças perfeitas para o que pretendia: com formas rústicas e simples, linhas elegantes e cores de Outono. 
Esta é mesmo a loja de cerâmicas mais catita da linha! As peças que ali se vendem são fabricadas exclusivamente em Portugal, há sempre uma enorme variedade de formas e cores que mudam consoante a época e a estação do ano e, a cereja no topo do bolo, a loiça é vendida ao peso (o que sai substancialmente mais em conta na altura de pagar)!

O objectivo era criar uma mesa elegante, com detalhes rústicos, campestres e outonais. E deu nisto... Gostei tanto de a idealizar quanto de a concretizar e a decoração foi a sensação da noite! Os amigos adoraram ser recebidos assim, ao lusco fusco já à luz das velas e foi uma noite tão boa que, entre a chuva que caía lá fora, as sonecas à lareira de uns e os cocktails de outros, a noite durou até às 4h da madrugada de Domingo!

E vocês, o que acham do resultado final da nossa decoração?




Porque uma mesa decorada com tantos detalhes outonais exige uma ementa de sabores rústicos, quentes e densos, servimos como prato principal um fantástico Coelho com Abóbora e Grão (receita e preparação com assinatura do J.) e como sobremesa um delicioso Bolo Enganador de "Chocolate" e Castanhas, SEM Glúten (receita e preparação com assinatura da cozinheira da casa).

E são estas as receitas que vos trazemos esta semana... O prato principal hoje e a sobremesa mais perto do fim de semana, para inspirar o bolinho do próximo sábado ou domingo.
Estas duas sugestões resultam na perfeição num almoço ou jantar de família e amigos e fazem parte da minha lista pessoal de receitas para aquecer o corpo e reconfortar a alma nos dias mais frios e chuvosos.

Inspirem-se nas nossas sugestões e partilhem em detalhes e sabores de Outono nas vossas próximas refeições de família e de amigos!


[ Prato Principal ]




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domingo, 12 de julho de 2015

Picnicamos?

Porque as coisas mais deliciosas da vida são mesmo as mais simples, a sugestão de hoje é que Picniquemos! Picniquemos na praia, na piscina, no campo ou num banco de jardim, ao almoço ou ao lanche, mas Picniquemos!

Escolham a sombra de uma árvore, um relvado fresco, uma vista inspiradora, a sombra de um guarda-sol, a vossa companhia preferida, peguem numa cesta e juntem-lhe uma toalha ou manta, uma garrafa de Água Aromatizada* bem fresca, guardanapos, alguns copos ou palhinhas, o vosso pão favorito recheado com os vossos ingredientes de eleição** e... Picniquem!
Aproveitem e desliguem os smartphones, esqueçam os relógios, os horários, as tarefas, o stress da semana e inspirem-se com as coisas simples da vida... O ruído do vento na copa das árvores, as cores do céu, a brisa do mar, o chilrear dos passarinhos, a conversa e os mimos da família e dos amigos e é garantido que a vossa Sandes Gulosa vos saberá pela vida!

* Espreite a receita para uma deliciosa Água Aromatizada aqui
** Se precisar de inspiração, aceite a da nossa gulosa Sandes de Rúcula Fresca e Bifinhos de Frango com Salsa e Manjericão (veja ou reveja a receita aqui)



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E porque vos queremos inspirar a aproveitar ao máximo estes dias quentes de Verão na companhia da Mãe Natureza, esta cozinha juntou-se à Pegada Verde para vos trazer um mimo Amigo do Ambiente!
Esqueça os sacos plásticos, a película aderente ou a folha de alumínio para transportar as suas sandes e dê as boas-vindas ao Roll'eat! Esta simpática "merendeira" adapta-se à dimensão de qualquer sandes, ajuda-nos a recolher migalhas enquanto comemos e quando terminamos ainda a podemos usar para concentrar todo o lixo proveniente do almoço ou do lanche. É reutilizável, limpa-se num instante e arruma-se facilmente sem ocupar espaço. Simples, sem truques ou desperdício e, melhor ainda, temos um para lhe oferecer!

Quer saber como? Espreite aqui.


Ahhhh... E já agora, Bons Piqueniques!


http://www.pegada-verde.pt/index.php/quem-somos/

domingo, 15 de março de 2015

Pão de Batata, Orégãos, Chouriço e Piri-Piri

Esta semana trago-vos uma sugestão que me deixou rendida e que logo nas primeiras dentadas entrou para a nossa lista de receitas preferidas! Proponho-vos um Pão de côdea estaladiça e miolo muito fofo, com os sabores rústicos dos Orégãos secos e do Chouriço e que nos deixa a boca quente pelo picante do Piri-Piri. Ingredientes simples mas cuja combinação resulta num pão de nos levar ao céu! Perfeito para um lanche de piquenique ou para iniciar um "lanche-ajantarado" entre amigos, com um copo (ou dois) de vinho tinto encorpado.

Confesso que sempre delirei com Pão com Chouriço rústico, de massa densa e fofa, a ser comido antes ou depois de uma tigela de Caldo Verde feito a preceito. Até podia ser sem a bendita sopa, nas feirinhas da aldeia da querida avó ou nas festas populares de Verão, quando todos os outros preferem as filas dos Churros e das Farturas, a mim encontram-me sempre à espera do querido Pão com Chouriço prestes a sair do forno de lenha.

Fiquei rendida à sugestão de hoje pelos sabores deliciosamente simples dos ingredientes que leva, tão tipicamente portugueses e mediterrânicos, mas também pela surpresa ao paladar que o calor das Malaguetas nos traz e que nos impele a mais uma dentada gulosa e a mais um gole de vinho. Se fecharmos os olhos é possível que nos leve às fantásticas planícies alentejanas e aos campos onde se encontram os Orégãos, os Poejos, as Silarcas e os Espargos Selvagens a crescer espontaneamente... Delícia!

Como explico mais adiante na preparação desta receita, devido às baixas temperaturas que ainda se fazem sentir nesta altura do ano em Portugal, preparei a massa durante a noite para que levedasse até ao dia seguinte. Logo pela manhã a massa estava pronta a ser trabalhada e em pouco tempo ficou pronta para ir ao forno. Depois foi só abrir a garrafa de vinho, deixar o cheiro do Pão acabado de fazer inundar a casa e o olfacto, fatiá-lo ainda morno e fumegante e servir com amor à família e aos amigos! E se aí em casa a sua família for como a minha, gulosa e amiga da boa comida, este pão durará muito pouco tempo e até as migalhas desaparecem!

 



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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pollo al Parmigiano | Frango ao Parmesão

A sugestão de hoje é um prato de inspiração italiana, perfeito para dias frios, daqueles em que até a alma precisa de conforto! É uma das nossas receitas de Outono preferidas e não há quem lhe resista. Miúdos e graúdos não se fazem rogados, adapta-se bem aos almoços de marmita no trabalho (e até às sandes de lanche) e, por isso, dificilmente há sobras para guardar.

Este delicioso Frango ao Parmesão é aqui proposto com acompanhamento de Massa, mas pode facilmente ser acompanhado com Arroz, Puré de Batata (ou de Couve-Flor), ou ainda por Legumes salteados. É uma daquelas receitas vencedoras, pelo conforto que traz ao estômago e ao espírito e pela festa que traz ao paladar. De sabores deliciosamente simples, esta é uma sugestão que vai querer experimentar e repetir... Várias vezes, ao longo dos meses frios que se avizinham!





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domingo, 27 de julho de 2014

Courgettes Bola Recheadas

Esta não é uma típica receita de Verão, mas este também não tem sido o mais típico dos Verões. Portugal Continental assemelha-se, quase em Agosto, a um país subtropical: chegamos a ter as quatro estações num dia e as noites têm sido frias e bastante húmidas. E é decerto por isso que continuamos a não nos fazer rogados a pratos acabados de sair do forno...

A sugestão de hoje é rica em sabores delicados e um verdadeiro regalo para o paladar! É servida bem quente, com o topo coberto de Queijo da Ilha picante gratinado ainda a borbulhar e, para os apreciadores, com um copo de vinho tinto encorpado e maduro. Estas Courgettes Bola Recheadas são perfeitas para um jantar de amigos, numa destas noites mais frescas que pouco têm de Verão, e prometem deixar todos rendidos ao seu sabor!




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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Guisado de Lulas e Chouriço [ versão Slow Cook ]

Hoje proponho-vos uma despedida em grande às refeições mais quentes, pois a Primavera finalmente chegou a Portugal Continental! Trago um delicioso Guisado pleno em sabor, cozinhado lentamente como se fazia no tempo das queridas Avós, recordando o termo francês Mijoter, em inglês Slow Cook, em que a comida é cozinhada abaixo do ponto de fervura, deixando que todos os sabores se fundam lentamente e as texturas dos ingredientes fiquem incomparavelmente suaves e tenras, mas sem se desfazerem. Huuuuummmmm, que delícia esta!

Aproveite a sugestão de hoje e despeça-se das noites frescas com muito sabor!




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terça-feira, 15 de abril de 2014

Bôla de Carnes [ e os Votos de uma Páscoa Feliz ]

De todas as tradições gastronómicas portuguesas da Páscoa, esta é aquela que não dispenso à mesa. Para mim, esta quadra celebra-se sempre com Bôla de Carnes!
ADORO a sua versatilidade no prato, pois para além de muito saborosa, pode ser servida quente ou fria e transforma-se tão facilmente em prato principal (acompanhada por uma saladinha, por ex., de Agriões, Cebola Nova e Tomate Cherry), como em merenda para levar para o trabalho.

Todos os anos experimento uma receita nova, na esperança de encontrar uma que se aproxime da Bôla de Carnes do saudoso primo Carlos de Sá. Aquele sabor fumado será sempre inigualável, pois falta-nos o forno a lenha, bem como a qualidade das carnes (criadas em liberdade no campo) será difícil de reproduzir, mas todos os anos tento encontrar "aquela" consistência de massa, um misto entre pão e bolo fofo, plena de sabor e quase impossível de parar de comer. Confesso que a minha costela transmontana me ataca a memória e o apetite em força nesta altura do ano!

A receita que partilho hoje ainda não me trouxe de volta os sabores da Bôla do primo, mas anda lá muito, muito perto! É tão gulosa e absurdamente fácil de comer que desaparece num ápice! E nem é preciso fome para a comer. Ainda no forno, o J. já a espreitava ansioso e dizia que não se aguentava o cheiro estupidamente bom que de lá saía.





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